Encho a banheira cheia de água quente, pego na grama da boa branca e faço a derradeira linha de uma tragada só. Agora o coração dispara a um ritmo alucinante, a mente clareia e damo-nos conta de nós próprios e da nossa verdadeira finalidade, ou seja, nada! Aproveitamos o balanço, pegamos na lâmina e cortamos as veias dos pulsos no sentido longitudinal, enfiamo-nos na banheira e esperamos pelo frio, pelo torpor, pelo cansaço. E quando fechamos os olhos porque é demasiado cansativo tê-los abertos, vagueamos nas recordações daqueles de quem mais gostamos e somos invadidos por um sentimento, enorme, mas mesmo muito grande, de saudade daqueles que nunca mais iremos ver.
No final, o que fica? Nada...
The End