26/02/2009

O Mistério da Estrada de Sintra - Gourmet o caralho!

BELINHA RODRIGO, a número dois do topo da cadeia alimentar de Alcatraz outrora acumulou funções de revisora de contas apresentadas pelos artistas plásticos. É norma na prisão, sempre que há trabalho fora, cada artista pagar as suas refeições, que posteriormente é reembolsada mediante apresentação da mágica factura. Mas atenção: há normas rígidas a cumprir! Não mais que 18 Euros, nada de alcool, sobremesas finas e outros luxo. O dito documento tem de ser escrupulosamente preenchido e detalhado com tudo o que foi consumido, não vá algum artista marialava querer delapidar o património de JAQUELINO RODRIGO! É conhecida a tendência da maralha para querer tirar a barriga de misérias à conta do património alheio... Em média, demora três meses a ser reembolsado, não sem antes de uma pequena conversa com a ranhosa fiscalizadora que questiona tudo ao mais ínfimo promenor na vã esperança de apanhar um incauto ladrão de trocos! LARA LEE, artista plástica, rapariga na casa dos trinta, descendência oriental, estreita silhueta, longos cabelo pretos e brilhantes, faz lembrar uma cândida figura de Manga! A comunidade masculina, e que ainda resiste à moda popular de abafar nabos, delicia-se à sua passagem, despertando as mais ousadas fantasias, que é um cliché, nas mulheres de diferentes raças... Pouco se sabe acerca desta moça, por levar uma vida recatada e longe de holofotes. Apenas se conheceu um caso, que curiosamente foi com um outro artista plástico que um dia aspira ser G.I. JOE meet ARMANI! Num dia normal na cadeia, a Lara foi chamada às altas instâncias para explicar uma facturinha que causou alguma desconfiança na mente pútrida e abjecta da Belinha... Mais um que queria dar o golpe, teria pensado ela! Mas a coisa tinha de ser muito bem exposta, caso contrário, tão nojento e pidesco papel ira ser sumariamente ignorado, e o seu valor ficaria por conta de tão bem paga artista plástica. Tinha sido um serviço daqueles em que não há tempo para ver as montras, daqueles em que é preciso ver o diabo a esfregar o olho, mas a malta tem de comer... Lara dirigiu-se a uma tasca, pediu uma sandes de leitão, um sumol em lata, o recibo da praxe e pirou-se, conjugando a árdua labuta com o deleite do manjar. Belinha Rodrigo, não contente com a explicação, desconfiada e disposta a não deixar impune tal comportamento exclama com todo o seu poder, inteligência e arrogância:
-Uma sandes de leitão?!?!?! Aqui na prisão não pagamos marisco!

1 comentário:

Coelho disse...

marisco??? loooooool